Oct 1, 2013

Ramin em nova entrevista ao BBW

Ramin deu mais uma entrevista ao BroadwayWorld.com. Dessa vez, foi durante os ensaios de Les Misérables em Toronto. Na entrevista ele fala sobre como é estar voltando para casa, o que tem de diferente nessa nova produção de Les Mis e sua experiência como Jean Valjean.

Read the full interview in english, HERE.


Leia a entrevista traduzida abaixo:




Ramin Karimloo não é um estranho para o palco, ele tem uma expressiva carreira, fazendo nome em produções como O Fantasma da Opera, Love Never Dies e Les Misérables na West End. Além disso, Karimloo também vai estar nos palcos de Toronto, apesar dele ter passado a maior parte de sua infância em Richmond Hill, ele sempre freqüentou os teatros em Toronto.

Ele sempre encanta a todos contando a história de quando ele viu pela primeira vez Colm Wilkinson como The Phantom, durante um passeio escolar, e que falou com os seus colegas de classe que era aquilo que ele faria “um dia”. “Um dia” ele chegou no Reino Unido e rapidamente chegou ao estrelato fazendo inúmeras produções, incluindo o cobiçado papel do Phantom.

Essas performances o levou a Cameron Mackintosh, quem encorajou Karimloo a aceitar o papel incrívelmente difícil que é Jean Valjean, mesmo sendo jovem. Um pouco hesitante no começo, Karimloo aceitou a oferta e se jogou no personagem, aprendendo o máximo que ele podia sobre o personagem e trabalhando com sua voz naquele matéria difícil. Os críticos abraçaram seu trabalho, e agora a Mirvish Productions trouxe ele para casa em Toronto para a Estreia Canadense dos 25 anos da super produção. O BWW falou com Ramin sobre o quê a experiência Les Misérables significa par ele, como é voltar para casa e o que ele pensa que as pessoas poderão ver nessa nova produção.


Parabéns pela próxima produção Canadense de LES MISERABLES! Como você se sente em voltar a pele de Jean Valjean?

Obrigado. A coisa boa é que parece que eu nunca tinha interpretado esse personagem antes. Fazer turnê realmente encheu a minha agenda por um tempo. Então foi ótimo voltar ao personagem e ter que aprender isso de novo. E também novos elementos da nova produção foram adicionados. Isso me permitiu repensar a minha interpretação em partes. Eu estou realmente gostando disso.

Tendo interpretado o personagem antes, você sabe das demandas e exigências que um personagem difícil como o Valjean pede. O que você está fazendo para se preparar e você se sente pronto?

Dessa vez, eu tive um pouco mais de tempo para me preparar. Me jogar de cabeça no livro foi o melhor começo. Enquanto eu estava em turnê com a minha musica eu comecei com as mudanças físicas e a ter mis disciplina com a dieta e exercícios. Tem uma descrição no livro sobre o físico de Valjean e como ele manteve isso. Isso me disse muito sobre ele sobre a sua disciplina e foco. Como ele tinha tanta destreza e condições mesmo depois de tudo que ele sofreu. E eu também levei um tempo para ter esse estilo de cantar de volta em minha voz. Eu nunca fiquei longe do teatro por tanto tempo antes.

Deve estar sendo duro voltar para casa, já que você cresceu em Richmond Hill, mas está trabalhando a tanto tempo na West End. Você sente alguma pressão extra de estar voltando onde o seu sonho teatral começou? Você está empolgado em ver amigos e familiares vindo ver o musical?


Bem, eu cresci em Peterborough e fiz o ensino médio em Richmond Hill. E sobre voltar para casa, eu não quero fazer disso mais do que é. Eu estive longe por muito tempo e muita coisa mudou, e essa é uma sensação estranha. Mas é empolgante ao mesmo tempo. Interpretar Valjean em uma nova produção e com um novo elenco foi muito emocionante e tentador para mim. Isso demanda o suficiente do meu foco e energia também. Estar de volta onde eu cresci é definitivamente um bônus. Aqui há muito apoio ao espetáculo aqui. Eu não vejo isso como uma pressão a mais do que em qualquer outra produção que eu trabalhei. Eu não deixo a minha cabeça encher com muita pressão ou expectativas. Não ajuda em nada. E tira toda a diversão também.

O elenco é em boa parte Canadense (muitos deles tendo seu primeiro gostinho sobre a nova versão). Você nota muitas diferenças entre fazer o musical aqui e fazer no Reino Unido?


Na verdade não. Todo mundo parece ser um fã do musical onde quer que nós vamos. Dentro e fora do palco. Então existe muita energia e entusiasmo. E sendo uma nova produção, todo mundo tem a chance de contribuir para os seus personagens e fazer seu próprio molde. Mas para ser honesto, eu acho que uma das razões de Les Miserables ser sucesso, são os produtores permitirem que os atores respirem um pouco de suas vidas nos personagens e que também que eles definam os personagens da sua maneira. E com esse elenco certamente não é exceção.

Já que você fez esse o show antes, você se tornou uma espécie de um “mentor” natural para alguns novatos do musical?

Duvido. Eu posso tentar e ficar preso nisso, então o melhor a fazer é me juntar a todos nessa jornada.

Você tem um astro fantástico da West End (e performer de Phantom) em Earl Carpenter como o seu inimigo Javert – como é trabalhar com ele? Você já pensou em trocar os papéis? Javert é um personagem que você poderia (ou gostaria) de interpretar?

Eu adoraria trocar os personagens a cada duas semanas ou algo assim. Honestamente eu sempre pensei que eu iria acabar interpretando Javert. Eu nunca pensei que eu faria Valjean. Isso até o Sir Cameron Mackintosh com tanta fé me convencer a tentar. E eu fico tão feliz dele ter feito isso. Eu nunca gostei tanto de um personagem. Mas eu tenho algumas ideias sobre Javert. E ter alguém como o Earl e sua experiência em cena comigo, não só me ajuda mas a toda a companhia. Ele é muito inteligente é muito divertido trabalhar com ele.

O seu CD de estreia “Human Heart” está prestes a ser oficialmente relançado no dia 24 de Setembro – como você aproveitou esse processo? Tendo em conta que boa parte dele tem material original, você acha que agora ele vai ser mais tentador ao público de teatro musical?

Eu aproveitei e não aproveitei. Eu nunca fui fã de estar em um estúdio. Eu gosto um pouco mais agora, mas eu acho que é por causa desse álbum. Eu aprendi muito desde então e esse álbum é querido para mim porque foi o começo de uma nova jornada para mim. Para uma produção tão grande em um álbum, eu sinto que ele ainda tem um clima intimista e coração. Ele tem lindos arranjos e eu estou muito feliz com o que esse álbum representa, o que eu sempre chamei de Capitulo 1 do que viria. Se ele será tentador ao público de teatro musical? Por que não? Eles gostam de musica, não gostam? *risos* Se pensarmos que os seus iPads são cheios de gravações de elencos – talvez não. Mas ‘Human Heart’ é liricamente dirigido e lindamente orchestrado. E no entanto, não é dirigido por qualquer grupo demográfico. Eu só quis fazer um grande álbum e ver o que evoluía a partir dali.

Você teve a oportunidade de se apresentar com o elenco do filme LES MISERABLES no Academy Awards. O quê você pensa do filme? Você acha que ele trará pessoas para essa produção?

Com certeza. Irá. É ótimo ver espetáculos como esse e Phantom conseguir mais e mais pessoas porque eles foram inspirados pelos filmes de Hollywood. Foi ótimo ver Les Misérables receber tantos elogios em toda a indústria cinematográfica. É uma época empolgante para fazer parte do musical.

O quê você está fazendo desde que voltou a Toronto? Você teve a chance de visitar parentes e ou descobrir novas coisas?

Eu tenho estado muito ocupado desde que eu voltei. Eu comecei me apresentando no Little Lake Festival em Peterborough, minha cidade, e foi definitivamente o ponto alto do meu verão. Foi ótimo ter a minha família lá para isso. Eu encontrei um novo ótimo restaurante em Toronto. Vittorio’s, que eu não tinha ido antes. Meu irmão que me recomendou. Eu organizei uma pequena reunião com alguns velhos amigos do ensino médio um dia, mas além disso, estou focado nos ensaios.

Finalmente, para todos aqueles que já viram LES MISERABLES antes, quais seriam as razões que você daria para incentivá-los a verem novamente? O que tem nessa nova versão que realmente te chama a atenção?

A estrela do musical sempre será a história e a musica. O que eu amo nessa versão é como Matt Kinley incorporou as pinturas de Victor Hugo para definir a atmosfera dos planos de fundo das cenas. Eles colocaram mais o coração do autor original nesse espetáculo. É de tirar o fôlego as vezes. Les Misérables sempre vai chamar as pessoas. É real e é um espetáculo que parte o seu coração mas que te deixa inspirado.


Entrevista by Kelly Cameron

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