Apr 8, 2013

Entrevista do Ramin ao 'BroadwayWorld.com-LosAngeles' >> PARTE 1


O Ramin deu uma entrevista ao "BroadwayWorld.com - Los Angeles". Nela, ele fala desde o começo da sua carreira até os dias de hoje.

Como a entrevista é longa, vamos postar em duas partes.

[Se você quiser, também pode ler em inglês, CLICANDO AQUI]

Colocaremos aqui nesse post o link para a Parte II assim que for postada.

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Leia abaixo:

Entrevista: Don Grigware
Tradução para o português: Tammy Codato


Nomeado ao prêmio Olivier por Love Never Dies, o canadense Ramin Karimloo fará um show em Sterling’s Upstairs, em 21 e 22 de abril.

Reconhecido no cenário inglês por todos os papeis em Les Miserables, incluindo Jean Valjean, por O Fantasma da Ópera e Love Never Dies, Karimloo participou da cerimônia do Oscar, em fevereiro, cantando One Day More ao lado de Hugh Jackman, Anne Hathaway, Eddie Redmayne, Russell Crowe e outros do elenco do filme Os Miseráveis (2013).

Em nosso bate-papo, Karimloo fala sobre o passado e o presente, bem como o seu amor pela música, e também pela Broadway.


 

Diga-me como sua carreia de cantor começou no Canadá.

Eu não tinha recursos para treinar e a ideia de ficar no vermelho, com a minha experiência, me assustou, então eu comecei a trabalhar em cruzeiros. Eram navios de companhias britânicas. Eu me lembro de quando fiz meu primeiro teste, eu jamais tinha visto outro musical além de O Fantasma da Ópera e Les Miserables. Eu não sabia nenhuma música de musical. Eu não sabia dançar. Então, o cruzeiro foi minha escola de teatro.

 

Você nunca cantou quando criança?

Eu nunca tive aulas de canto. Eu gosto de música country, bluegrass e rock. Nos cruzeiros, eu ainda não tinha visto filmes como O Mágico de Oz, A Noviça Rebelde, mas eu aprendi.

Nós fizemos dez shows diferentes, com country, música de teatro e tudo mais. Eu aprendi muito com isso. Eu trabalhava com pessoas que tinham trabalhado em West End, então fui no embalo e aproveitando isso. Havia uma pessoa nos cruzeiros, eu nunca vou esquecer essa história...ele sentiu pena da minha formação pouco ortodoxa. Quando eu estava no convés, eu lia Stanislavski, Meisner, porque eu queria ser Daniel Day-Lewis, ele é meu ídolo. Então o cara do convés me disse “Você nunca vai fazer isso para o West End, e você nunca vai conseguir um agente como Michael Garrett se continuar do jeito que é”. Há tantos caminhos diferentes. Se eu tivesse dinheiro, eu teria treinado da maneira ortodoxa. Porque há algo a ser dito sobre um curso de 2 anos, o que você aprende, as referências, as conexões, os aspecto social disso, é uma ótima coisa a se fazer. Ele fez West End, eu não o julgo. Eu pensei “Se ele pode fazer isso, eu também posso”. Eu decidi me mudar para a Inglaterra. Depois de 2 anos, quem é o meu agente? Michael Garrett. Lembro-me, por acaso, que eu estava treinando algumas músicas de teatro, o professor achou interessante por eu ser ainda inexperiente, totalmente cru. E ele disse: “Deixe-me trazer o meu amigo, que é um agente". E eu pensei: “Aqui vamos nós outra vez, outro que te fará uma estrela”. Todos que dizem isso acabam dando um passo maior que a perna. E entrou Michael Garrett. "Caramba, esse é o cara que diziam que eu nunca teria uma chance!". Ele disse: “Eu realmente gosto do que você faz. Eu não posso prometer nada, mas vou tentar levá-lo as audições”. Eu pensei: “Essa é a coisa mais honesta que você poderia dizer. Vamos fazer isso!”. E nós temos uma ótima relação há 7 anos.



Qual foi a primeira apresentação que você fez?
Os Piratas de Penzance.
 

Isso é um bom treinamento.

Não só isso. Isso foi com a companhia New Shakespeare, a céu aberto, que é...eu não sabia disso naquela época, apenas como prestígio do seu trabalho. Eu nunca fiquei no meu camarim, eu ficava nos bastidores. Eu estava estudando o Rei Pirata, eu não poderia sair dali. Eu só queria assistir e aprender. Foi o melhor treinamento que eu tive. Pra mim, conhecimento é poder. Conhecimento me inspira. Quanto mais eu aprender, mais preparado eu vou estar. Mesmo vindo daqueles que você não gosta você pode aprender assistindo-os. Mas, o que me faltava...eu não acho que o instinto te leva a sua carreia. Você precisa de técnica. É engraçado isso, quando eu fui nomeado para o Olivier, em vez de celebrar, eu liguei para meu professor de teatro e disse: “Eu quer ter um desses”.
Eu pensei: “uma nomeação para o Olivier? Fraude!“. Então eu tenho um bom professor de teatro. O que você ganha, você pode dar de volta. Eu não quero me acomodar, eu não quero corresponder às expectativas. 

Leia a Parte II aqui no RKBR ainda hoje.

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