O quê antes era um rumor (relembre aqui), agora foi confirmado por ele em uma entrevista ao site Broadway World.
Ainda não se sabe muitos detalhes, somente que a previsão de estreia é Outubro de 2013 e no Princess of Wales Theatre.
Traduzimos a entrevista, dada a Kelly Cameron.
Leia abaixo:
Ramin Karimloo foi mordido pela mosquinha do teatro ao assistir Colm Wilkinson na produção original de ‘The Phantom of the Opera’ em Toronto nos anos 80. Desde então ele já interpretou o personagem título nas duas produções ‘The Phantom’ e ‘Love Never Dies’ na West End em Londres, e agora voltará para casa em Toronto pela primeira vez para a montagem da Mirvish Production de LES MISERABLES que já foi anunciada sua temporada para 2013-2014. O BWW conversou com Ramin sobre como ele se sente em voltar para casa, as pressões do personagem Jean Valjean, Sheytoons, sobre o Academy Awards (Oscar), suas influencias musicais e mais:
Essa vai ser a sua primeira vez atuando em uma produção musical em Toronto – você está empolgado em voltar para ‘casa’?
Eu estou muito empolgado em fazer parte dessa reestreia de Les Miserables em Toronto. Toronto foi uma grande inspiração para mim. Eu fui apresentado ao teatro lá e aos personagens pelos quais eu me apaixonei e interpretei. ‘Casa’ (home) é uma palavra engraçada para mim nesses dias, porque eu estou viajando tanto que eu ainda estou tentando descobrir o que essa palavra ‘casa’ significa. Alguns dizem que é onde o seu coração está, mas para mim, é onde os meus filhos estão. Infelizmente eles não vão poder estar comigo o tempo durante essa turnê, mas eu vou querer que eles estejam em Toronto o máximo de tempo possível. Eu quero mostrar para eles os meus antigos lugares na cidade, onde tudo começou em Peterborough. Pegar os skates e mostrar para eles o que o pai deles fazia naquele tempo.
Nós ouvimos falar que o seu amor pelo teatro surgiu depois de assistir a produção original de ‘The Phantom of the Opera’ em Toronto – como você se sente em voltar onde tudo começou e subir em um palco dessa cidade?
Eu sinto que eu estou voltando para a casa no papel perfeito. Foi um máximo interpretar Jean Valjean na West End em Londres por quatro meses. Isso definitivamente me deixou com vontade de explorar muito mais o papel. Eu sou grato por ter estado tão ocupado desde que deixei Les Misérables, sinto que desde então ganhei muito mais experiência. E também, desde a produção especial do 25º aniversário, eu tenho vontade de pegar e explorar a peça passo a passo com o novo elenco e ver o que podemos criar.Todo o processo de ensaios são sempre muito divertidos e é quando você começa a criar diante uma página vazia.
Você passou bastante tempo trabalhando em Les Miserables na West End – porque você acha que esse musical tem durado por tanto tempo e como você acha que o publico de Toronto vai responder a nova produção?
Eu acho que o público de Toronto vai responder como o mundo vem respondido, com os braços e corações abertos e com lágrimas nos rostos. Eu amo como a peça te deixa devastado, mas ainda te deixa com um sentimento de esperança. Ele te leva em uma montanha-russa emocional e ainda te deixa revigorado depois de duas horas e meia de jornada. Tem tantos personagens bem escritos para todos da plateia se relacionarem e também se conectarem com a história e criarem empatia com o material.
Você é um dos atores mais novos que já pegaram o papel de Jean Valjean – como você se preparou para essa jornada?
Eu me preparei do mesmo jeito que eu me preparou para outros papéis. Eu ensaio e usei os ensaios para interpretar e entender o personagem. Com Les Miserables você pode começar com a obra de Victor Hugo. Está lá para te ajudar. Felizmente não faz muito tempo desde de que eu li pela primeira vez e soube que eu iria fazer esse papel novamente, então eu tenho tudo em minha cabeça podendo pegar o que eu preciso e quando eu precisar. Várias partes da obra pularam para mim como se fosse um canal entre Jean Valjean e eu, então eu grifava essas partes com um marcador. Vou voltar a ler esses pontos e deixar a minha imaginação solta para ver o que acontece.
Sobre a idade, eu tento não me preocupar muito com isso. Eu me concentro apenas na história de Valjean e em que momento ele está para encontrar a sua verdade, então tudo tende a cair no lugar certo. Se eu tentar interpretar uma idade isso pode se tornar uma criatura. O que é importante na jornada desse homem é o coração, consciência, convicção, fé e todas as lutas dentro dessa jornada. Claro que a maquiagem ajuda já que a história do meu personagem se estende por quarenta anos. Com isso, tecnicamente em algum ponto todo mundo é ‘jovem demais’.
O personagem é exige especialmente muito vocalmente, e por causa do filme nós já ouvimos que Bring Him Home é uma das músicas mais difíceis do teatro musical. Como você protege e preserva a sua voz quando você se apresenta uma noite seguida da outra? Você acha isso uma luta particular?
Para ser honesto eu não acho Bring Him Home necessariamente uma música tão difícil. É uma linda oração e eu não sinto que é uma luta, porque eu amo aquela parte da peça. É muito intimo. Então, novamente, eu não estou ouvindo as discrepâncias vocais. Eu nao acho que cantar seja o que é mais trabalhoso para um ator ao interpretar Valjean. Eu tento focar na história e no que eu estou dizendo.
De certa forma, nos musicais modernos é pedido mais da voz do que é construido. São seis a oito apresentações por semana, e isso exige muito das cordas vocais, mas elas tambem são mais resistentes que nós para dar crédito. A nossa voz nunca será 100% todas as noites, mas tudo é mais que isso. Sobre a preservação, para cada ator é diferente. Para mim, eu acho que uma boa dieta, exercícios e uma quantidade razoavel de descanso é o essencial. E eliminar tudo que te estressa.
A história de Les Miserables foi levada a vários lugares e agora está sendo levada ao Academy Awards (Oscar) – o que tem sido destaque para voce até agora?
O destaque provavelmente vai continuar sendo o 25º Aniversário da O2 arena. Foi a coisa mais divertida que eu já tinha feito e foi incrível trabalhar com tantos amigos. Todos nós que estávamos ali eramos fãs do musical e estávamos juntos para celebrar aquela brilhante ocasião e para fazer parte da história do musical. Ser chamado para interpretar Enjolras foi uma verdadeira honra. Cantar ao vivo em uma arena foi uma grande pressão e ainda sendo tudo transmitivo ao vivo ao redor do mundo foi tão poderoso. Foi como se todos assistissem juntos e todos naquele momento estavam fazendo algo pela mesma razão – celebrar o musical que amamos.
Você se apresentou muito com o seu material solo e também gravou musicais com a sua banda Sheytoons, qual é a maior diferença entre uma produção como Les Miserables e fazer a sua própria musica? Como você aborda de maneira diferente como um artista?
Eu não tenho muita certeza. Quando você escreve uma musica você conta uma história. O difícil é que aquele personagem que está contando uma história sou eu. Compartilhando coisas como essas não é fácil e colocar na frente das pessoas é meio assustador. Dito isso, eu me diverti muito nas turnês e tudo foi muito bem. Eu amo a série de lugares que eu posso me apresentar, do ‘Royal Festival Hall’ ao ‘Little Lake Festival’ em Peterborough, do BB King’s em Nova York a Pleasant Grove Performing High School em Texerkana. Tão eclético. E eu não trocaria um pelo outro e em todos os lugares eu tive experiências que eu nunca vou esquecer. Mas tudo se resume a mesma coisa, seja como um personagem no palco ou aprendendo sobre mim nas minhas musicas, eu sempre vou me esforçar para encontrar a verdade e espero que ela venha.
Desde que você estará em Toronto por um longo período de tempo, os fãs de Toronto vão ter a chance de assistir um pouco do seu material solo ou com o Sheytoons?
Eu espero que sim! O problema é que Valjean é um personagem que demanda muito vocalmente, como falamos antes. Enquanto eu estiver saudável ai tudo bem, mas eu não tenho certeza se devo esvaziar o tanque dando grandes shows ao mesmo tempo. Talvez quando a minha temporada como Valjean terminar eu vou viajar e por meu novo show, que eu adoto um estilo musical chamado ‘Broadgrass’. Esse nome se originou do titulo dos meus shows – Broadway to Bluegrass. Isso parace maluco mas é muito divertido. Nada como casar as músicas de teatro, com folk e bluegrass e depois cantar em algum teatro essa música. É maravilhoso achar uma maneira de combinar isso tudo e crescer com isso.
Você conhecia a campanha feita nas redes sociais chamas #BringRaminHome? Foi feita por fãs locais que queriam te ver como Valjean. Voce acha que a mídia social se tornou uma ferramenta valiosa para o markenting ou mais um mal necessário?
Isso é engraçado e muito bom, mas eu não sei sobre isso para ser honesto. Eu estou no twitter, mas eu sou um usuário relutante na maior parte do tempo. Ele pode ser cruel se você deixar que ele seja. Eu acho que um artista não tem obrigação de ter um twitter. As pessoas devem gostar do seu trabalho pelo o que elas vem – por isso que eu tento não seguir outros atores que eu admiro. Eu não tenho certeza se eles estão na mídia social. Eu acho que o quanto menos eu sei sobre eles melhor, porque eu quero ver e aproveitar seus filmes e os personagens que eles interpretam. É no talento deles que eu estou interessado.
Eu não uso muito o twitter para fazer mais do que twittar e mostrar para os meus fãs a minha gratidão e para manter os interessados atualizados sobre a minha carreira ou turnê. E claro, agora eu posso usar para contar para eles sobre Les Miserables! Fora isso, eu tento não ir longe demais no twitter. Eu gosto de manter as coisas positivas – A vida é dura o sulficiente e já tem bastantes críticos lá fora! *risadas*
Qual personagem estaria na sua lista de teatros musicais? Tem algum personagem que você gostaria de interpretar em algum momento da sua carreira acima de tudo?
Eu adoraria interpretar ‘Guido’ de Nine daqui alguns anos, e ‘Guy’ de Once seria muito divertido e um grande desafio. E outros além desses, eu quero novos trabalhos, porque a parte da criação é muito divertido, e eu só quero fazer personagens que eu sei que irei me divertir fazendo. Eu não tento muitas estratégias, porque eu acho que se eu to me divertindo, provavelmente vou fazer meu melhor trabalho – e esse é um bom lugar para estar.
Quais seriam as suas principais influencias musicais?
The Tragically Hip sem duvida, The Avett Brothers, Johnny Cash, Mumford and Sons e eu sou um grande fã de Alison Krauss e Union Station. Colm Wilkison foi uma grande influência também. Uma voz unica do teatro musical e ele é um verdadeiro cavalheiro, que mesmo depois de conhece-lo e fazer amizade com ele, ele não deixou de ser um modelo para mim. Assim quando eu conheci o Tragically Hip. É muito bom ainda ser um fã depois de todos esses anos e todo aquele sentimento místico continuar o mesmo.
Finalmente, o que te deixa mais ansioso em voltar para Toronto?
Poder ver sempre meus amigos e as pessoas. Isso tem acontecido pouco, e eu vou poder sentar e almoçar com o meu pai ou minha mãe. Espero poder rever meus amigos do ensino médio como Scott McGillivray e jogar alguma coisa com meu irmão. Talvez finalmente ensiná-lo a dirigir a Harley ou ele pode se juntar a mim em um passeio ao Norte, coisa assim!
Leia o texto direito da fonte original clicando aqui.
Assim que tivermos mais informações sobre datas e venda de ingressos, vamos informá-los.
Agora é preparar o passaporte e rumo ao Canadá!
No comments:
Post a Comment